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Deixe o sol entrar.

Continuando a ouvir meus   Lps , peguei  um disco do Fifth Dimension,  botei prá tocar as músicas  Aquarius e Let the sunshine in e fui no computador buscar uma foto de um dia de sol entrando pela janela em uma casa de praia na Ilhabela. Achei rápidamente e estou compartilhando com vocês. Embora esteja na maior parte do tempo em Sampa,  tenho visto  nestes últimos  dias os raios de sol do inverno entrando bem cedinho no meu quarto, uma beleza, só que a rinite invernal entrou também, me deixando totalmente nocauteado.É isso.

foto-Franklin Nolla.


Refugiados na Cachemira. Refugees.

Nas matas e  florestas  da  Cachemira, Índia,  avistei vários campos de refugiados que não consegui identificar de que países  e etnias eram ,  devido a pouca vontade de falar dos anfitriões kashimirs. Acho que eram paquistaneses, por  causa  do conflito constante entre Índia X Paquistão ( junto com rebeldes da própria Cachemira). O fato de estar sendo guiado por guia  brasileiro , que já havia feito ‘a logística com as autoridades  locais,  facilitava muito a locomoção pelos meandros da região. Havia  uma certa admiração pelo fato de eu ser  conterrâneo do Ronaldo & Cia .Vi um povo forte e obstinado com o fim das escaramuças entre os conflitantes  , visto que o estado de guerra latente é sempre uma constância. Mas o que se há de fazer, pensam os civis que almejam a paz,  a vida continua e deve ser vivida como se não houvesse a ameaça diaria de morrer em uma explosão ou uma bala perdida  no meio dos atentados. Brava gente que enfrenta diariamente a morte. Quanto aos refugiados, é muito triste vê-los sem esperança. Quando algo de novo aparece, como no meu caso, uma centelha de felicidade irradia pelos seus olhos,  mas …logo, logo se dissipa.

foto- Franklin Nolla.


São Paulo também é bonita.

Sem pieguice. Tente algum dia, quando você estiver se deslocando pela cidade de São Paulo, dar uma paradinha de 5 minutos no seu trajeto e apreciar um pouco algo de bom e bonito que a cidade oferece. Pode ser um prédio, uma praça , uma padaria, uma escultura, umas moças bonitas andando na Lorena, um Café, um pastel de feira, seja lá o que for, dê uma pausa na correria e curta por poucos minutos um pouco da sua vida cotidiana. Faz bem para o coração e para a alma. Quando eu vou para o meu trabalho, as vezes eu desvio de uma grande avenida congestionada, e paro um pouquinho na praça do Por-do-Sol. Um olho na paisagem e um olho na segurança. Se tem algumas pessoas na praça , eu paro. Se nåo tem, me mando. É sempre bom admirar as árvores que dão uma maioria verde na paisagem cinza e monótona. É um bom programinha.

foto-Franklin Nolla.


Bálsamo para as tragédias na Índia.

Olha só as manchetes de hoje na Índia:

Acidente ferroviário faz 21 mortos. Explosão de armázem de fogo-de-artíficio mata 30.Inundações fazem pelo menos 200 mortos.Morte de ministro provoca onda de ataques cardíacos ( 67 morrem ).Incêndio em depósito de petróleo faz pelo menos 12 mortos. (em Jaipur).

Fiquei impressionado  com a quantidade de mazelas que o povo indiano está passando. Procurei nos meus arquivos uma imagem que simboliza-se um elo de união entre eles. Achei essa acima que mostra 3 gerações distintas.Coincidentemente foi clicada em Jaipur. A família chamou a minha atenção, primeiro pela beleza de cada uma  delas , de acordo com  cada faixa etária,  e  pelo tom  das cores nos vestidos, contrastando com a  pele escura das mulheres. A imagem passa serenidade, com  uma grande harmonia entre elas. As cores pacificam a alma. É isso.

foto- Franklin Nolla.


Treinando o olhar.

Se você gosta de fotografar, uma das maneiras prazerosas de fazer um bom click é adestrar o olhar para pequenas coisas e objetos que fazem parte do seu cotidiano,  coisas que costumamos achar sem importancia, mas que podem revelar uma nova maneira de enxergar pequenos detalhes como uma boa composição gráfica de uma flor, fruta , texturas de folhas e etc….Experimente focar em detalhes sem importancia e uma vez que você se concentra neles, começará a descobrir  uma nova forma de percebe-los.É bacana e faz bem para desanuviar o estresse. Olhos a obra.

foto-  Franklin Nolla – alface americana antes de virar salada.


Os famosos jardins árabes de Srinagar.

A influencia  árabe na Índia foi muito grande, por mais de centenas de  anos. A região da Caxemira, nos contrafortes dos Himalayas, é densamente habitada por  seus descedentes , mais precisamente do império Mugal. O legado cultural dos muslims é notado pelos encantadores jardins, que além da beleza natural, atrai curiosamente vários casais de noivos que  utilizam os cenários   para  serem fotografados  e filmados  afim de enriquecerem  seus álbuns de casamento. É um barato.

foto-Franklin Nolla.


O lugar mais bonito da Terra.

Para atenuar um pouco a minha acidez, escolhi esta foto para que possam admirar o vale do glacial do Khumbu no Nepal . Para mim é o local mais bonito do planeta.

foto- Franklin Nolla.


Estórias da China.

Muitos internautas que viram o meu blog pediram para eu continuar postando artigos sobre aventura, então atendendo aos pedidos, vou começar a postar uma série de artigos sobre a China. Estou preparando as fotos e os textos. Hoje ficamos com a imagem da Grande Muralha da China. A estória eu conto depois.

Foto- Franklin Nolla


LA = no passo

Quando se faz um trekking em grandes altitudes  e em grandes extensões, o passo (la) é sempre um marco a ser batido,  no ápice de uma montanha. Depois de subir ( a pé ) , o topo dá uma sensação de que o desafio foi vencido. Após um tempo de merecido descanso, começa o processo de descida até um determinado platô. Anda-se um pouco no plano e reinicia-se de novo a subida até o próximo passo. As vezes caminhamos por 4 ou 5 passos (la) por dia…. Será que algum dia passarei por Shangri-la ( o passo do paraíso)?.

foto-Franklin Nolla


Agora vai

O  caminhão de galinhas kashmir quebrou a uns 200 mts do passo. A temperatura estava por volta dos 22 graus celsius.O motorista e seus ajudantes ( os curiosos tentaram de tudo) ,  desmontaram  a caixa de câmbio, fizeram uma  gambiarra, montaram a caixa de câmbio e nada. O  paquiderme não saía do lugar. A fila de veículos aumentava muito nos dois lados.Mais palpiteiros se agregavam aos curiosos, desmontaram e  montaram. Mais uma vez nada. Horas depois as galinhas ( acostumadas a temperaturas geladas) não resistiram ao calor e morreram. Chegaram a uma única saída. Empurrar o caminhão montanha acima até atingir um ponto mais largo da  estrada onde pudesse passar dois veículos. Esforços hercúleos com todo mundo empurrando, exceto eu que fiquei fotografando.Risos, suores e piadas, finalmente desobstruiram a pista. Só que ninguém prestou atenção na placa de aviso do caminhão- Avoid girls Save heart- na minha modesta tradução- Evite garotas, salve o coração . RRss.RRss.

foto-Franklin Nolla


Chiaroscuro due

Também gosto do Chiaroscuro. A cena mostra um monge budista no interior de um monastério no Butão. Eu sempre procuro enquadrar o ser humano nas minhas composições fotográficas, as vezes, em se tratando de uma paisagem em algum lugar ermo , não dá.

foto- Franklin Nolla


Chiaroscuro

A foto acima do fotógrafo e amigo Ismar de Almeida , utiliza conceitos de arquitetura, grafismo e composição abstrata em seus clicks, explorando bastante a técnica do chiaroscuro , a fim de  dar maior dramaticidade à cena.  Ismar tem um grande acervo de cromos tirados na época em  que morou na Europa , como a foto acima do metrô de Londres, que  mostra bem  a sua  sensibilidade artística.

foto-Ismar de Almeida


O ponto de contato entre o terreno e o celeste

Foto tirada em cima do Khalapatar, uma crista do Mt. Pumori,  a mais ou menos  5.900 mts de altitude. Com essa foto eu presto uma homenagem aos dois bibliófilos do post anterior. Tenho certeza  de que gostariam dela.

foto de Franklin Nolla


Cunha continua linda

Apesar do dilúvio que caiu sobre a cidade de Cunha  no início do ano, a paisagem continua linda. Toda vez que eu vejo a sequencia infindável de montes e montanhas, eu fico emocionado. Em dias claros, após ter chovido no dia anterior, consegue-se visualizar bem nitidamente o maçico da serra da Mantiqueira. É um espetáculo.Do outro lado, em pontos específicos como a pedra da Macela, dá  para ver toda a parte do litoral , desde Paraty até Ubatuba. É outro espetáculo.

Péço a São Pedro que não castigue a região com muita  chuva, pois o paraíso sofre um pouco com isso, mas, a mãe natureza logo se recompõe e tudo fica exuberante de novo.

foto: Franklin Nolla


Dois prá lá, dois prá cá.

Com a garotada voltando as aulas em São Paulo, eu me lembrei desta foto que  tirei na margem sul do lago da cidade de Phokara, Nepal. Eu vi o pequeno barco a remo vindo do outro lado do lago, vagarosamente.Ao chegar mais perto,  atracou longe da margem, ao lado de outros que estavam ancorados. Sairam da embarcação uma meia duzia de estudantes impecavelmente bem alinhados. Começaram a saltar barco após barco, até atingir a terra firme e  depois entrarem no veículo escolar que estava aguardando-os.O bonito foi ver o equilíbrio das meninas ao saltitarem entre eles.. Uma bela coreografia a beira do  lago. Vale destacar também o esforço dessas crianças que vinham da região montanhosa dos Annapurnas, bem longe do lago, para poderem estudar e felizes  da vida para encontrar seus coleguinhas na escola.


Lacadivas

No meio do oceano Índico, existe o arquipélago das Lacadivas Indianas, prima pobre das ilhas Maldivas. O lugar é lindo e exuberante. Só que não tem nenhuma  infra-estrutura.Existem apenas  alguns barracos que eles chamam de resort ( sem energia elétrica).Para quem gosta de mergulho e  tem uma boa dose de despojamento, o lugar é adequado. Um grande risco é se tiver uma tsunami. Ela acaba com tudo, pois o lugar mais elevado da ilha que visitei, Bangaram, não passa de 40 cms.

foto de Franklin Nolla


Vermelho e dourado

A mão da noiva  Khashmir parece mais velha do que é na realidade. A moça em questão deve ter uns 32 a 34 anos. O interessante na foto são as texturas da tatuagem, o dourado das jóias e o enrugamento precoce das mãos, com o fundo do vestido de noiva sempre na cor vermelha. Foto tirada em tempo de paz na cidade de Srinagar, capital de verão da Cachemira.

foto de Franklin Nolla – click nela para ampliar


SANGUE FRIO

Perto de onde eu trabalho tem o prédio do Sesc.Ao olhar o céu azul, vi esses dois caras trabalhando duro  há 50 mts do solo, sob um sol escaldante e ventos fortes balançando o andaime. Haja coragem.

foto de Franklin Nolla – clique para ampliar.


Tatuagens de Henna

Foto tirada em uma  estação de ski desativada  na Cachemira por causa do estado de guerra sempre latente entre Índia e Paquistão. Um grupo de escolares em férias estava visitando o local, quando resolveram mostrar para mim  as  mãos tatuadas.

foto:Franklin Nolla


O ancião e a criança

O Mustang é um reino encravado nos Himalaias quase na fronteira com a China, perto do Tibet. Lá existe um raja, o rei do Mustang que para  não ver o seu reino  ser  anexado pela China imperialista, preferiu manter uma relação de vassalagem com o governo do Nepal;  mantendo desse modo, uma certa automia de poder. Lá não tem energia,  água encanada e principalmente ainda permanece imune ao Capitalismo, mas infelizmente será por pouco tempo, pois o raja vive num dilema – Sucumbir ao comunismo maoísta ou ao capitalismo ocidental. Incômoda situação para quem é um rei.

A  foto acima mostra o vazio populacional da cidade onde  durante os dias de verão   só circulam pelas ruas  as  crianças e as  pessoas idosas, já que os homens e as mulheres estão trabalhando no campo para armazenar as colheitas , se preparando para enfrentar o longo e congelado inverno.

foto:Franklin Nolla


SHAQUIRA

Em Srinagar, Cachemira, Índia,  há um enorme  lago (como represas no Brasil) com vários barcos-casas  (houseboats) ancorados  bem longe das margens. Alguns deles são turísticos, utilizados como hotéis flutuantes, em outros, vivem os moradores da cidade. Bem , isso acarreta um enorme fluxo de pessoas indo e vindo do centro do lago para as margens e vice-versa. Para facilitar essa locomoção, existem  os  shaquiras, barcos táxis regulares que transportam as pessoas para trechos pré-determinados do  lago. A grande sacada é que eles são a remo, impedindo poluição e barulho , não causando  impacto no meio ambiente. Os  shaquiras são bem limpos e bem decorados com cores fortes e vibrantes, tornando a viagem bem agradável

Na foto vale uma sutil observação – O  shaquira está no lago, no meio da água, rodeado por vegetação aquática e folhas de Lótus.

foto:Franklin Nolla


O mundo abaixo do Monte Everest

Esta foto foi escolhida para abrir o meu blog no WordPress.com. Para mim, ela é emblemática. Eu cliquei de dentro de um avião bi-motor na cabine de comando. A sensação de estar no topo do mundo é simplesmente fantástica. Foi um grande barato. Depois disso eu fiz a trilha a pé chegando próximo de 6.000 metros de  altitude, no MT Pumori, que fica frontal ao  MT Everest, ambos com mais de 8.000 mts . Aí o bicho pega. Cansaço, exaustão, dor de cabeça, frio intenso, nuvens, ventos gelados , falta de ar constante, baixa oxigenação no sangue, enjôo, gripe, tosse, rachaduras nas maõs e na boca, pés quase congelando e etc. Isso são pequenas mazelas corriqueiras quando se caminha por essas gigantescas montanhas. A recompensa de tudo isso é o enorme prazer de   contemplar  o lugar mais bonito do planeta, onde poucos mortais se atrevem a ir.

foto:Franklin Nolla