Bons ventos e bons sentimentos me movem. Prá frente, pro alto e prá sempre prá cima. Isso é o que vai acontecer comigo nos próximos anos, com a benção de Deus. Arriba!
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Oooooô a inspiração voltou a inspiração voltou a inspiração voltou ooooô….
Após 100 dias sem motivação para escrever, fiz um sobrevôo sobre o centro da cidade de São Paulo. Dia gelado de inverno, céu azul de Brigadeiro , aeronave sem portas , mãos e nariz quase congelados , olhos lacrimejando de frio e emoções revividas….enfim uma alegria infantil no coração e um calorzinho feliz na alma. Crises na reta final, inferno astral acabado e renovadas esperanças para o futuro. Qual o cenário ideal para acabar com a maré descendente ? O mais simples possível….. ver a cidade onde nasci pelo alto, realizar a paixão de voar, a sensação de plena liberdade , o êxtase de ver o mundo de outra forma, de outro ponto de vista, os sentidos acelerados. Um grande tesão…. . Bem, estou aqui de novo , de volta para poder compartilhar com vocês as belezas da vida.
Obrigado, minha amada cidade!
picture by Franklin Nolla.
A minha Manhattan Paulista.
Essa foto vai ser histórica. Tenho a certeza que daqui a 10 anos , a região de Pinheiros estará desenvolvida como o centro de Manhattan , principalmente no eixo da avenida Faria Lima. O metro quadrado construído já é um dos mais valorizados de São Paulo. Em pouco tempo será o lugar mais caro da cidade. Nasci aqui em uma casinha bem modesta e que em breve será engolida e posta abaixo devido a expansão imobiliária. Uma pena. Eu vi o desaparecimento do antigo Mercado de Pinheiros, que perto da sua entrada principal abrigava um bebedouro de água para cavalos, em forma de taça de vinho, onde eu ficava apreciando os animais com suas respectivas carroças. Vi o fim do antigo Largo da Batata, lugar de concentração de vários estabelecimentos com galpões repletos de batatas até o teto. O meu pai ia visitar os amigos batateiros e ganhava sacos de 5 quilos do alimento , que fazia a delícia do meu almoço e jantar , com o feijão com arroz , bife e batata frita. Vi o fim dos bondes elétricos que faziam a volta no Largo dos Pinheiros e retornavam para o centro da cidade.Vi o fim dos ônibus elétricos. Vi o fim da Cooperativa Agrícola de Cotia, uma potência no mercado de hortifrutigranjeiros que foi para o brejo em uma crise vertiginosa e inacreditável. Também presenciei o nascimento da avenida Faria Lima, o impulso imobiliário dado pela construção do Sesc Pinheiros e o enfim …ufa.. ínicio do serviço de Metro no bairro e que agora aguardo ansiosamente o final das obras de revitalização do Largo da Batata e do baixo Pinheiros e que verei, se Deus quiser, o nascimento da minha Manhattan Pinheirense. O Brasil cresce, São Paulo cresce , Pinheiros cresce. Para onde eu vou? Como dizia o meu avô… “Vou morar no mato”…
Ps: Agradeço aos persistentes leitores por terem prestigiado o meu blog em um longo período de turbulências com muitas crises , muitos dissabores e finalmente com muitas soluções.Obrigado.
Picture by Franklin Nolla.
Beautiful Planet. Beleza de Planeta.
Judiado, Devastado, Poluído. Em processo de extermínio, com clima que gera catástrofes e muitas palavras negativas a mais que eu nem consigo lembrar, mas para mim o que vale mesmo é que o pequeno planeta é o Senhor do Universo, a jóia rara e maravilhosa , a Terra, o planeta azul que me comove . Eu peço a ajuda de Deus que me dê saúde , um pouco de grana e mais um razoável tempo de vida, de lucidez , de boa locomoção, para que eu possa ainda ver as maravilhas da natureza que estão se extinguindo devido a ganância e a ignorância de muitos imbecis que infelizmente destroem esse lindo planeta…
Do jeito que as coisas estão, só resta correr e conhecer antes que acabe.
Picture by Franklin Nolla- Norte da Índia/Ladhak/Himalayas
A dona da vóz .A garra e a fibra de Elza Soares.
“Olha aí , ai o meu guri…oóoorrrggghhhlha aí… é o meu guri.”
Na semana passada , fui jantar no Sesc Pinheiros e ao sair apareceu um cara que me ofereceu um ingresso grátis para um show que iria começar nos próximos 5 minutos. Lá estava ela, a figura pequena e ao mesmo tempo grandiosa da veterana cantora Elza Soares. No primeiro momento que soltou a vóz , as caixas de som estremeceram. A platéia ficou atônita e ao final da música uma explosão de palmas em gol, que o genial Garrincha (foi marido da Elza) fazia brincando. Eu vi o gênio da bola jogar no Pacaembu . Eu acompanhei o drama dos dois quando ele se separou da sua primeira mulher ( gerou um monte de filhas) para ficar com a Elzinha. Na época , acho que anos sessenta, o país inteiro caiu de “pau” sobre ela. Imagine um cara se separar da mulher com uma “penca”de filhas para casar com uma novata cantora de samba. Ela comeu o “pão que o diabo amassou”. A imprensa caiu matando em cima dela. Eu mesmo, um moleque , fiz chacota com a vida dos dois. Não tinha uma pessoa que os defendesse. Para a “família brasileira”, Elza era uma p… que havia arruinado a vida do grande Garrincha, da família, das filhas e etc………Anos se passaram e a verdade viria a tona, ao mostrar o grande alcoólatra, Garrincha, que havia perdido a vida para a cachaça. Uma tragédia dupla para a Elza , a perda do Mané Garrincha e do Garrinchinha , único filho do jogador com ela ,que veio falecer aos 8 anos em um acidente de automóvel após visitar o túmulo do pai….
O tempo passou…o ostracismo chegou …. e finalmente a grande cantora deu a volta por cima. Deu uma “palha” na música “Língua” no disco do Caetano Veloso e foi o ínicio do ressurgimento da polemica cantora…. É muito bacana ver um bando de jovens e de cinquentões na platéia , ovacionando e aplaudindo de pé , a performance da senhora cantora ou cantora senhora, que passou a maior parte do show sentada por causa de uma cirurgia na coluna. Ela cantou rap, samba, Mpb, jazz e como não poderia deixar de ser, músicas das escolas de samba do Rio de Janeiro. Foi um Carnaval na platéia. Entre uma pausa nas músicas, ela disse que Deus havia brindado-a com cordas vocais iguais a de um contrabaixo. Eu ratifico plenamente , porque é impressionante o alcance da vóz rouca e grave da “fabulosa” Elza. De quebra, uma aparição de uma cantora paraense, Gabi Amaranto, que cantou duas músicas e foi se juntar a dona da vóz , a grande artista, na apoteose final do show .
Picture by Odeon/Google
O Papa deve ser Brasileiro. Porque? The Pope must be Brazilian. Why?
Porque somos 123 milhões de seguidores da religião católica apostólica romana. Porque Dom Odilo Scherer tem 63 anos, e é um dos mais jovens cardeais do conclave. Porque pode trazer uma “modernidade” a caquética e obsoleta visão política e teológica do Vaticano.Porque a América Latina é o maior baluarte da fé católica cristã. Porque Roma não está com “nada” e com apenas 56 milhões de fiéis. Porque somos mais numerosos e isso tem que ser levado em conta e porque essa é a modesta opinião de um fiel seguidor que se orgulha de ser Cristão.
Picture by Rafael Belicanta/Terra.
ps- 1 O texto é um pequeno desabafo de um mero fiel da igreja católica e “punto”.
ps-2 Vejam o filme Habemus Papam do diretor italiano Nanni Moretti. Muito bom e interessante .
É aqui que eu encontro a paz absoluta.
Quando eu estava no hospital, eu aproveitei um cochilo da minha filha e dei uma “zappeada”na TV. Parei acho que na Globonews no exato momento em que o personagem de um documentário, o grande jornalista Joel Silveira, já falecido, disse que uma das maiores imbecilidades da vida é uma pessoa ser um alpinista. Balancei a cabeça e não concordei, mesmo não sendo um alpinista, mas sendo apenas um admirador das montanhas de grande altitude . É que ele não teve a felicidade de sentir o Divino, de se deixar levar pela emoção de conquistar o cume de uma montanha ,de andar no passo sagrado em cima de um cume ( -La-) ,de conviver com os povos que moram perto do céu. Nessas ocasiões eu me afasto das pessoas e de tudo que me faça lembrar a civilização e por mais ou menos meia hora, como em uma meditação, me deixo levar pelas ondas energéticas e vibrações emanadas pelos gigantes de pedra. (não é a toa que os sherpas chamam o Everest de Sagarmatha ou Chomonlugma (Deusa Mãe Terra). A sensação é indescritível. Ouvir as nuances dos sons dos ventos, cheirar os humores da terra, acompanhar os rasantes dos falcões e se tiver sorte, se maravilhar com faisões imperiais. Pisar no gelo, tirar as botas , deixar os pés respirarem, comer um delicioso sonho de valsa e sonhar com uma vida melhor. Simples, muito simples. Depois fotografar, fotografar e fotografar e finalmente chamar o guia e retomar a caminhada. Existe preço para isso? Para mim, não. Aprendi a amar e a respeitar as montanhas.Em troca, elas me dão a paz que eu preciso.
Text and Picture by Franklin Nolla- Ladhak-Índia-Himalayas